Na gravidez de risco o probabilidade de doença ou morte antes ou após o parto é maior do que o normal, tanto para a mãe como para o bebé. É a chamada gravidez de risco relacionada, por exemplo, com determinadas patologias presentes antes da gravidez ou que se desenvolvem durante a mesma.
Hipertensão arterial, na gravidez de risco
O tratamento da hipertensão arterial não deve ser descurado durante a gravidez, por forma a reduzir o risco de uma trombose.
Nesta fase (gravidez), o médico deve proceder à alteração da medicação e receitar uns comprimidos para a tensão arterial que não prejudiquem o feto.
Porém, há médicos que optam mesmo por interromper esta medicação durante a gravidez, sob o argumento dessas drogas constituírem um risco potencial para o feto.
Seja como for, e de acordo com as últimas estatísticas, 85 por cento das mulheres que sofrem de hipertensão arterial desenvolvem uma gravidez saudável e bem sucedida.
Diabetes, na gravidez de risco
Antes da insulina, eram raras as mulheres diabéticas que conseguiam levar a gravidez a bom termo. Cerca de 65 por cento destes bebés morriam no útero ou pouco tempo depois do nascimento.
Actualmente, esta percentagem situa-se abaixo dos dois por cento, desde que os índices da diabetes estejam sempre sob controlo médico.
Ainda assim, uma má notícia: as anomalias no feto continuam a ser duas ou quatro vezes mais comuns nas grávidas que sofrem da diabetes. Este facto deve-se aos níveis anormais de glicose no organismo destas mulheres.
Para prevenir esta situação, a mulher deve tentar obter níveis normais de hemoglobina glicosada antes de engravidar. Deve esforçar-se ainda por seguir uma dieta alimentar rigorosa
Doenças cardíacas, na gravidez de risco
Cerca de um por cento das mulheres que padecem de problemas cardíacos graves antes de engravidar morrem, devido a essa mesma gravidez, na medida em que o coração é incapaz de bombear sangue suficiente para as necessidades do organismo.
Contudo, e graças a significativas melhorias introduzidas a nível de diagnóstico e tratamento das doenças de foro cardíaco, estas mulheres tendem a ter, cada vez mais, um parto seguro, dando à luz bebés perfeitamente saudáveis.
Asma, na gravidez de risco
A asma é o problema pulmonar mais comum durante a gravidez que, em situações extremas, pode originar um parto prematuro. Por conseguinte, deve ser tratada logo de início, no primeiro trimestre de gravidez.
A maioria dos medicamentos para a asma não apresentam qualquer risco para o feto, pelo que a mulher não tem de interromper a medicação durante a gravidez.
Aliás, há mulheres que denotam, ao longo da gravidez, uma melhoria considerável da doença. Quando isto acontece, o médico pode experimentar reduzir a dosagem inicialmente prescrita e, eventualmente, parar com a medicação. Isto não invalida, porém, que a mulher continue a ser atentamente acompanhada pelo médico.
Alergias, na gravidez de risco
O tratamento das alergias, frequentes tanto antes como durante a gravidez, passa pela determinação das respectivas causas. Assim que o médico as identifique, a mulher deve evitar, sempre que possível, a exposição prolongada ao fator que as despoleta.
Uma medicação à base de clorfenamina é indicada para a atenuação dos efeitos da alergia (nariz a pingar, comichão nos olhos).
Doenças sexualmente transmissíveis
As doenças sexualmente transmissíveis (DST) – SIDA, sífilis, gonorreia – podem passar da mãe para o feto, com consequências gravíssimas.
Ao tomar conhecimento que a mulher é portadora de uma qualquer DST, o médico deve definir um plano estratégico para fornecer cuidados especiais a essa paciente, com vista a minimizar os efeitos dessa doença sobre o feto e vigiar esta gravidez de risco.