Congelamento de óvulos e embriões, como funciona esta prática? Qual é a idade recomendada para o congelamento?
Congelamento de óvulos e embriões
De acordo com o ginecologista Dr Joji Ueno o processo deve ser feito pelas pacientes que desejam prolongar a sua possibilidade da maternidade. Depois de 35 anos a qualidade dos óvulos começa a cair
O congelamento de óvulos e embriões oferece às mulheres a possibilidade de armazenar os seus óvulos enquanto ainda estão em boas condições de serem fertilizados.
Uma ótima opção para mulheres com menos de 30 anos, já que há uma queda acentuada de produção com o passar do tempo. Por outro lado, a realização do congelamento precoce pode ser descartado no futuro, já que a mulher pode encontrar um parceiro e engravidar naturalmente.
Os melhores resultados ocorrem quando a mulher congela os óvulos até aos 35 anos de idade. Já o melhor custo-benefício do congelamento ocorre aos 37 anos, isto porque, nesta idade a mulher ainda tem uma boa qualidade de óvulos e poderá estar numa situação financeira mais estável.
Segundo o ginecologista, a mulher perde cerca de 1000 óvulos por mês a partir da puberdade. “O período fértil de cada mulher é bastante variável, em média inicia-se por volta de 12 a 14 anos de idade, terminando em torno dos 45 ou 50 anos. Porém, é comum que, aos 35 anos, a produção de óvulos comece a declinar, bem como a qualidade. Este é o principal risco de uma gestação tardia”.
Como a perda da capacidade de ovular é uma consequência natural do envelhecimento, alguns meios são utilizados para avaliar a produção hormonal e os órgãos reprodutivos femininos.
Um dos exames mais conhecidos é aquele que mede a hormona do folículo-estimulante (FSH). “Altas taxas de FSH, em dias específicos do ciclo menstrual, podem indicar um declínio na quantidade dos óvulos produzidos”, explica o médico.
Há a possibilidade de avaliar por meio do um exame de sangue, as taxas de outras hormonas como o estradiol e a dosagem da hormona anti-mulleriano (AMH). Alterações nas marcas dessas substâncias correspondem também às quedas na quantidade dos óvulos.
Outro recurso utilizado nesta análise é a ultrassonografia pélvica pela contagem de folículos antrais.
Por meio deste exame é possível ter uma estimativa de quantos folículos poderão ser estimulados a se desenvolver em cada um dos ovários e quantos deles vão chegar ao ponto de maturidade. “Entretanto, é bom destacar que nenhum dos exames citados determina a reserva folicular da mulher, ou seja, o número de anos férteis que ela ainda tem. São apenas ferramentas importantes que utilizamos para proporcionar à paciente uma panorama da sua fertilidade“.
O procedimento para congelar o óvulo é usual. Após os exames de rotina como o ultrassom e a dosagem hormonal, o especialista avalia se a mulher tem condições de ser indicada para a fertilização in vitro (FIV).
Após ser aprovada nos testes preliminares, a futura mamãe é submetida a um processo de estimulação com hormonas, que dura aproximadamente 10 dias. “A paciente passa por um estímulo dos ovários, produzindo um número maior de oócitos (óvulos) comparado a um ciclo natural”, pontua o médico.
Uma vez decidido pela realização da preservação da fertilidade, é solicitado as sorologias para doenças infecciosas e outros exames pontuais, realiza-se uma ultrassonografia alguns dias antes da menstruação.
Se tudo estiver certo, inicia-se o processo com a aplicação de injeções para estimular os ovários quando a paciente menstrua. Definida a data da coleta, a paciente passa por uma aspiração do maior número possível de óvulos, que serão congelados em nitrogénio líquido.
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