Várias são as designações para este problema, que afecta cerca de 18% dos recém-nascidos. Os médicos definem-no como “Bronquiolite”, “catarro habitual descendente”, “Bronquite obstrutiva.
Os “catarrinhos”, que tanto preocupam os pais, são uma perturbação mais frequente do que muitos julgam, sobretudo durante os primeiros três ou quatro anos de vida, afectando perto de 20% das crianças entre os dois primeiros anos de vida e cerca de 35% das crianças que frequentam os infantários.
Apesar de surgirem com frequência entre os primeiros anos de vida, as dificuldades respiratórias normalmente desaparecem com a idade, até à cura completa, que acontece entre os quatro e os cinco anos de idade, e apresentam, como característica fundamental, o factor da repetição dos sintomas e uma resposta quase nula aos tratamentos convencionais para problemas respiratórios.
Outras vezes, mais raras, o problema piora, em grande parte devido a circunstâncias agravantes como o historial familiar de alergias, em que a própria criança reage aos alergenos como ácaros, pólen, pó doméstico, fungos do ambiente, pêlo de animais ou mesmo a caspa.
Um factor bastante agravante dos problemas respiratórios da criança tem a ver com os pais serem fumadores, o que facilita o desenvolvimento da Bronquiolite nas crianças, sobretudo nos primeiros anos de vida.
Independentemente dos factores que as agravam, o importante é definir as causas que levam ao aparecimento do problema.
Na maior parte das vezes, são as infecções produzidas por vírus, que originam as bronquiolites, e que se alojam nas vias respiratórias, muitas vezes devido ao contágio nos infantários. Como não se tratam de bactérias, o tratamento com antibióticos não é recomendado.
O tratamento não passa por nada de muito complicado, basta que proporcione à criança uma boa hidratação, de forma a tornar mais fluídas as secreções das vias respiratórias, dando-lhe bastante água durante o dia, evitar que a criança frequente o infantários, especialmente no Inverno e suprimir a contaminação ambiental, em especial o fumo do tabaco.
Alguns exercícios de fisioterapia respiratória, com umas palmadinhas criteriosamente aplicadas no peito e nas costas, podem ajudar em muito a desentupir as vias respiratórias. Pode ainda optar por uma humidificação do ambiente da casa, especialmente nas fases mais difíceis da criança. O tratamento farmacológico deve ser sempre aplicado sob supervisão do pediatra.
É indispensável que o pediatra realize alguns testes para verificar de que ordem é o problema e até que ponto é causado por reacções alérgicas da criança.
Não deixando de ser preocupante, os catarrinhos são uma forma do organismo reagir aos problemas ambientais de poluição e ao facto dos pais serem fumantes. Aproveite para deixar de fumar e zele pela sua saúde e do seu filho.