O papel do futuro pai durante a gravidez deve ser de dar à mulher o apoio que ela necessita para viver em plenitude esse momento.
O papel do futuro pai
A gravidez foi, durante séculos, encarada apenas como uma coisa de mulheres, em que os homens apenas participavam no momento da concepção. Durante o parto, o pai nem podia, ou não queria, estar na casa, e só recentemente os pais foram admitidos nas salas de parto.
O papel do companheiro durante a gravidez deve ser de dar à mulher o apoio que ela necessita para viver em plenitude esse momento. Na cultura ocidental, apenas no início deste século foi dado uma maior importância ao papel do pai em todo o processo, o que está paralelamente ligado a uma luta por parte da mulher em se envolver nos campos tradicionalmente masculinos, o que a levaram a exigir a participação activa do homem neste tipo de situações.
Na Constituição Portuguesa, foi apenas no passado ano que o homem obteve o direito ao apoio na paternidade, o que lhe permite realizar testes gratuitos durante o decurso da gravidez da companheira, se o médico os considerar indispensáveis.
A Constituição defende também a igualdade de direitos e deveres quanto à manutenção e educação dos filhos, e o pai tem direito a uma licença de paternidade de cinco dias úteis, seguidos ou interpolados no primeiro mês a seguir ao nascimento do filho ou à adoção, para além de a poder requisitar em caso de incapacidade física da mãe, morte desta ou por mútuo acordo entre ambos.
Qualquer um dos futuros pais pode ainda pedir uma licença especial para prestar assistência aos filhos, durante os primeiros três anos de vida, ou o tempo em que uma criança esteja hospitalizada, desde que menor de dez anos.
Mudanças da mãe durante a gravidez
A gravidez é um tempo de mudanças que podem vir a gerar ansiedade entre o casal e por isso devem ser discutidas e encaradas como algo de natural. As mudanças fisiológicas podem ser algo traumatizantes para a mulher, que sente o seu corpo ficar enorme, pouco atrativo, o que se pode repercutir nas relações sexuais.
E há ainda a questão dos desejos, para os quais ele tem de esta preparado a responder, mas também a encarar estes como uma forma da mulher chamar a si as atenções dos que a rodeiam.
Cumplicidade do casal
O futuro pai é essencial para que a mulher possa discutir os seus receios e assim diminuir a intensidade da perturbação que sente. Ao passo que uns homens encaram estes desabafos como meras queixas da mulher, outros assumem uma atitude paternalista, como se ela estivesse doente, o que se pode vir a tornar asfixiante.
Estes meses são também desgastantes do ponto de vista psicológico, com as mudanças corporais a que se somam os medos que todos os futuros pais têm de possíveis problemas com o feto ou com o parto. A ele cabe acalma-la, às vezes bastando a sua presença, para viverem esta experiência única ao máximo.