O vento, a chuva, os trovões… podem provocar situações de pavor nas crianças. É natural que as reações das crianças perante o barulho dos trovões ou o silvar forte do vento não passem de um susto e é habitual procurarem a companhia dos pais como um refúgio protetor.
Todavia, muitas vezes, as crianças têm verdadeiros ataques de pânico. O seu ritmo cardíaco aumenta, choram ou gritam de forma descontrolada.
Estas reações surgem como resultado da sensação de perigo perante o desconhecido. Se os pais não conseguirem acalmar a criança e colmatar a sua ansiedade e medo, o mais certo é que, na próxima tempestade, reajam da mesma forma.
Como superar a angústia
Se a criança fica atemorizada quando o vento começa a soprar fortemente ou soam os primeiros trovões, a melhor forma para que não fique angustiada é tentar distraí-la com as suas atividades preferidas.
Se gosta de ouvir música, esta é um óptimo meio para “encobrir e abafar” os sons da tempestade. Jogar à bola, jogar às escondidas ou até comer o seu doce preferido podem ser formas de manter a criança distraída.
De qualquer modo, é também bom falar-lhe sobre os benefícios da chuva, como as ruas ficarem limpinhas, as flores poderem beber toda a água que necessitam, e nas vantagens de encher os rios para se poder andar de barco nas férias.
Podem também falar-lhes do vento e das suas vantagens para levantar o seu papagaio de papel, para fazer andar os moinhos ou até para afastar as nuvens escuras.
Para além disso, sempre que houver possibilidade, é bom ter uma gravação onde se oiça soar o vento ou o barulho da chuva, assim a criança pode habituar-se aos sons – sem se atemorizar – verificando que lá fora, na rua está tudo calmo.
Embora os medos façam parte do desenvolvimento saudável da criança, em caso algum, os pais devem fazer a criança enfrentar a tempestade. Ou seja, se a criança teme o vento, não devem obrigá-la a ir para a rua se se encontra muito assustada.
A criança e os adultos
Quando as más condições meteorológicas prevêm tempo de tormenta, mesmo que os adultos – pai ou mãe – também sintam receio, nunca o devem demonstrar em frente da criança, com frases como: “com este tempo ainda vai cair uma árvore no jardim”, “daqui a umas horas vão estar cheias por toda a cidade”, “com este vento, ainda se partem as portadas”, “esta chuva vai provocar muitos acidentes”…
A atitude dos adultos e a segurança que demonstram perante uma intempérie é da máxima importância para o bem-estar da criança.
Se a tempestade surgir em viagem e a criança ficar atemorizada com a chuva, os relâmpagos e os trovões, para que a criança não entre em pânico, o adulto – pai ou mãe – que não estiver a conduzir, deve mudar-se para o banco traseiro para a acompanhar.
Sempre que possível, devem parar numa estação de serviço, até que o tempo acalme ou para que a criança se distraia um pouco.
A importância da televisão
Muito temos falado sobre os benefícios e malefícios da televisão e como já referimos, a televisão em si não causa qualquer mal às crianças desde que apenas vejam a programação destinada à sua idade.
Todavia, e agora que a televisão não tem parado de transmitir os danos causados pelo último tremor de terra no Haiti, tal como há uns tempos o tsunami; com imagens extremamente violentas, o televisor deve estar desligado sempre que a criança estiver presente. Este tipo de programas influencia e desenvolve o medo.
Mesmo com outros programas de pura ficção, para a criança, se não houver mediação de um adulto que a esclareça e acompanhe, tudo o que é imaginário lhe parece real.
E, mesmo que os pais, mais tarde, lhe tentem provar o contrário, as imagens violentas não se apagarão facilmente da sua memória e a criança ficará sempre na dúvida e com os medos advindos das imagens que reteve.
Minha filha de 4 anos assistiu um filme que mostrava o tsuname, não imaginavamos que ela iria sentir medo do vento, de chuva, de onda do mar. Ela fica angustiada, chora, não quer ir na praia, se tem vento em qqer lugar começa as chorar. Explico para ela que o vento é fraco, que a onda não está forte, ela se distraí um pouco, mas logo depois começa de novo a querer ir embora, chorar. O que eu faço, procuro um profissional, ou isso vai passar?
Aconselhamos sempre a consulta de ajuda profissional.
Meu filho de quatro anos viu sua festa de aniversário ser desmontada por causa de uma forte chuva. Enredou em pânico , passou muito mal com vómitos e mal estar. De repente pediu pra dormir e o fez de imediato. Desde então tem medo de qualquer barulho e se chove então fica passando mal, trémulo e não importa o que façamos ele não se acalma.tem dois dias que não quer nem sair do quarto por causa de vento, trovões e chuva.
Isso vai passar gente? Tô sofrendo demais com isso.