As crianças precisam de distrair-se, brincar e jogar. Os jogos são uma forma de educar como outra qualquer, pois incluem as componentes lúdicas e de lazer ao mesmo tempo.
Às crianças devem ser ensinadas as regras da boa educação. Mas, às crianças devem ser oferecidas diversões, distrações, que possam contribuir para o seu lazer e que, ao mesmo tempo, constituam uma boa forma de ficarem esclarecidas relativamente a inúmeros pormenores da vida quotidiana. Logo, os jogos podem ser uma forma eficaz das crianças aprenderem algo e de ao mesmo tempo se distrairem.
Os jogos permitem uma grande mobilidade, quer seja física ou imaginária, a todas as crianças. Por mais apáticas ou rebeldes que as mesmas possam ser, as crianças gostam sempre de jogar a alguma coisa. Motivam-se com o desafio e com a novidade de entrar num mundo que não conhecem, apurando e lapidando o seu imaginário. Daí que, por momentos, a realidade seja totalmente esquecida para que a criança se entregue a essa nova experiência.
Os jogos levam ao relaxamento e a uma certa liberdade individual, mesmo que se esteja com um conjunto vasto de pessoas. Lógico que as crianças não são nenhuma excepção. A criança descobre novas coisas do mundo e de si mesma, investiga e desenvolve-se a ela própria. Óbvio que não se pode exigir jogos muito profundos e desenvolvidos a uma criança com escassos meses. Os jogos adequam-se à idade de cada criança e o objectivo do jogo, bem como o grau de dificuldade do mesmo, passa sempre pela capacidade dos mais novos tendo em conta a idade cronológica da mesma.
Quando ainda são muito novos basta apenas movimentarem-se e mexerem-se com gestos descabidos, para que se sintam livres e satisfeitos consigo próprios. Ainda que não seja um jogo propriamente dito a criança age como tal, face aos exercícios que o seu corpo protagoniza. Mais tarde, a criança começa a interessar-se pelas coisas ao seu redor, e inicia a fase de imitação dos mais velhos, agindo e fazendo os mesmos gestos que eles. Só depois, descobre que, tal como ela, existem também outras crianças prontas a brincar com ela. É aí que se descobrem os jogos e as brincadeiras propriamente ditas.
Começa a haver a assimilação das regras do jogo. A criança percebe que tudo implica a aprendizagem de normas e regras muito explícitas, não só no jogo como também na vida social. A(s) pessoa(s) que com ela joga(m) devem explicar-lhe as coisas claramente, corrigindo-a quando assim é necessário e incentivando-a quando as coisas correm pela positiva. A relação entre a(s) pessoa(s) que joga(m) com a criança torna-se uma relação de cumplicidade e de entendimento mútuo. Aos poucos, a criança encontra nela(s) quase um exemplo a seguir à risca.
Durante o jogo a criança deve-se esforçar por fazer tudo sózinha, mas sempre que a pessoa que está com ela notar dificuldades excessivas deve de imediato explicar-lhe as coisas, para que ela não se sinta impotente e com falta de habilidade ou inteligência. Todavia, cabe às crianças descobrirem a solução ou a saída para uma determinada situação. O adulto só deve intervir em último caso, e quando sentir que a criança está irrequieta.
Os jogos são uma excelente forma de desenvolver as capacidades das crianças, estimulando-as psicologicamente por um lado, e distraindo-as ao mesmo tempo por outro. Seja imaginativa e estimule você também o seu pequenote. Acredite que ele apenas vai pensar que aquilo é mais uma brincadeira, como tantas outras.