Andava lavrando,
Recebeu a carta
Do seu tio Fernando…
Andava lavrando,
Recebeu a carta
Do seu tio Fernando.
Seu pai era morto,
Sua mãe por nascer.
Que havia o moço de fazer?
Deitou os bois às costas,
Pôs o arado a correr.
Quis saltar o valado,
Saltou um arado.
Se não era cão
Mordia-lhe um cajado.
Entrou numa horta,
Viu um pessegueiro
Carregado de maçãs,
Tirou-lhe as avelãs.
Veio o dono dos pepinos:
Ó ladrão dos meus marmelos!
Atirou-lhe uma pedra,
Acertou-lhe num artelho:
Escorreu-lhe o sangue
Até ao joelho.
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