Era um gato preto, preto tão preto era o gato preto que só saindo de noite quando já fazia escuro ninguém mais o encontrava.
– Oh! gato porque é que só sais de noite?
– Porque sou um gato esperto se eu saísse de dias o meu dono dava conta o meu dono saberia.
– Ai?! E o teu dono não gosta?
– Que dono é que gostaria ? Andam carros na estrada cães que me podem morder Se queres saber um segredo o meu dono tem é medo do que possa acontecer.
– Então ele é teu amigo. Porque foges tu, gatinho?
– Porque quero passear e afinal não há perigo. Passeio devagarinho no escuro muito junto àquele muro ninguém dá conta de nada… E diz-me lá, camarada gato preto na noite que preta é afinal quem é que vê ?
Era um menino pequeno que tinha este gato preto que só de noite saía. E o menino não sabia que o gato mal era noite mal o dia escurecia… fugia.
Mas o azar foi que um dia quando ele reparou que o gato não aparecia, procurou e procurou do gato ninguém sabia. Viu no quintal, na cozinha e foi à rua chamar… mas um gato preto à noite quem poderia encontrar?
E o menino o que fez?
Pôs-lhe no pescoço um guizo que é uma campainha assim para gatos sem juízo: Ele anda ela faz tlim, anda mais: faz tilm, tlim, tlim… nunca pára de tocar. E agora o gato preto mesmo preto com é se à noite não se vê já é fácil de encontrar…
O Gato que era preto
Só à noite passeava
Ninguém o via passar
Ninguém sabia onde estava
Agora todos já sabem
É só mesmo ouvir tocar…
Gatinho, lindo gatinho
São horas de vir deitar