Era um balão azulinho
que um menino assoprava
e enchia devagarinho.
Enchia e não rebentava.
Era um balão bem vaidoso
que inchava, que crescia
porque o menino assoprava
enquanto o balão dizia:
– Sou o mais lindo balão que existe em todo o mundo. Quero ser maior que o sol. Assopre e respire fundo menino, respire fundo…
E o menino respirava.
E o balão mais crescia.
E o menino assoprava enquanto o balão dizia:
– A lua é grande mas o sol é bem maior.
Eu vou ser tal como eles.
Vou ser ainda melhor.
Assopre, menino, assopre
assopre se faz favor.
E o menino respirava.
E o balão mais crescia
vaidoso, não rebentava e era assim que dizia:
– Se continuo a crescer
vou ser quase como o céu
vou ser maior do que o mar
azulinho como eu não há sol, lua, balão que se possa comparar.
Mais o menino assoprava e mais o balão enchia
lindo, tão lindo que estava
toda a gente admirava
enquanto ele crescia.
Grande, bem grande,
maior. tão inchado que ficou que toda a gente dizia:
– Já é maior do que a lua.
Tão grande como é o sol.
E o menino assoprou devagar, mais um pouquinho
e o balão – PUM! rebentou.