Era uma vez uma andorinha, uma avezinha, que andava no ar voando, voando ia procurando (ou um bicho, ou uma semente ) que lhe desse p’ra almoçar.
Era um sol quente, bem quente que lá no céu se acendia… nem um ventinho passava
Nem uma gota de água se via e a andorinha voava tinha tanto calor que quase morria.
– Não posso parar agora não tenho almoço p’ra dar aos meus filhos que esta hora estão com fome e a chorar.
E a andorinha voava nem uma aguínha se via nem um ventinho passava de calor quase morria.
– Dona Nuvem, por favor faça chover um pouquinho que eu tenho tanto calor quero voltar p’ró meu ninho.
E a nuvem não chovia e a andorinha voava nem uma aguínha se via nem um ventinho passava.
– Senhor rio, por favor dê-me água para beber que eu tenho tanto calor que de sede vou morrer.
E o rio estava seco, o rio não tinha água, voando quase a cair nem um ventinho passava.
Mas lá longe muito longe uma vózinha chegou: “ Andorinha, andorinha” e a andorinha voou.
De quem seria esta voz quem me sabe adivinhar?… “ Andorinha, andorinha o que estás tu a fazer ?”
– Estou à sombra a descansar o que é que havia de ser ? Apanhei uma semente já posso voltar ao ninho para dar ao meu filhinho qualquer coisa p’ra almoçar.
Andorinha voa, voa,
Vai agora descansar
Vai p’rá cama, vai dormir
Que amanhã vais sair
De novo p’ra trabalhar
Beijinhos, muitos beijinhos,
Aos mais velhos que aí estão
Ao papá e à mamã
Um grande Xi-coração