Até ao final deste ano, vai ser lançado um manual para candidatos a adotar crianças e jovens. O guia pretende consciencializar os futuros pais a não aceitarem apenas bebés brancos e saudáveis.
Manual para adotar crianças
As instituições responsáveis pela adoção decidiram criar um manual para os casais que pretendem candidatar-se à adoção e também para aqueles que já são pais.
O manual quer ajudar na alteração do tipo de pedidos até agora feitos: crianças até três anos, saudáveis e de raça branca.
Os candidatos à adopção são maioritariamente casais com problemas de infertilidade.
Muitos deles já se submeteram a tratamentos de fertilização, optando pela adoção ao mesmo tempo ou, então, após desistirem dos tratamentos.
Logo, o desejo de o casal querer adotar uma criança em tenra idade para sentirem «a verdadeira parentalidade».
Dos 2363 candidatos à adopção inscritos até ao final do mês de Junho, 2305 querem adoptar uma criança com menos de três anos. Destes, 1261 aceitaram receber até aos seis anos.
A cor da criança é também um requisito por parte dos futuros pais: só 342 dos candidatos aceitam uma criança que não seja branca.
Quanto às deficiências é aí que os adoptantes portugueses são mais inflexíveis: só 88 dos candidatos aceita receber uma criança com deficiência. Contudo, 153 dos futuros pais não se importa de receber uma criança com problemas ligeiros de saúde, como por exemplo asma, bronquite ou outro tipo de alergia.
O sexo, apesar de não ser assinalado pelos candidatos como facto preferencial, a verdade é que as meninas são sempre mais requisitadas, segundo o relatório.