Os primeiros seis meses de vida são essenciais para detectar os defeitos visuais e para ajudar à prevenção de futuros problemas, que se tornam de mais difícil tratamento aos sete anos.
Quando uma criança não vê bem, cabe aos pais o papel de descobrir esse problema. Raramente é a própria criança que levanta essa questão, porque como não tem valores a que se agarrar, possivelmente encara a falta de visão como algo normal.
As anomalias mais frequentes na infância são a miopia, a hipermetropia, o astigmatismo, o estrabismo e a ambliopia.
Os primeiros seis meses de vida são essenciais para detetar os defeitos visuais e para ajudar à prevenção de futuros problemas, que se tornam de mais difícil tratamento aos sete anos e são irreparáveis na idade adulta. Para isso é essencial que o primeiro teste à visão seja efetuado nos primeiros meses de vida, com uma revisão dos seis aos 12 meses.
Entre os 5 e os 6 anos já é possível efetuar um exame em profundidade do sistema visual e avaliar o seu desenvolvimento. Até aos 10 anos é ainda possível influenciar a qualidade de visão da criança.
Os sinais de alarme para a falta de visão de uma criança apresentam-se quando ele se aproxima demasiado da televisão ou do livro, revela pouca atenção nas tarefas visuais, queixa-se de ardor, comichão e lacrimeja da vista, esfrega os olhos ou sente fadiga visual.
Para as crianças que estão na escola, outros factores alarmantes notam-se quando estas movem a cabeça ao ler, inclinam demasiado a cabeça ou fecham um dos olhos e se ouvidas a ler em voz alta saltam as linhas ou palavras.
Nos primeiros meses de vida, o bebé não possui uma visão nítida, que apenas irá adquirir ao longo do seu desenvolvimento. Não controla os movimentos oculares e a sua retina ainda não está totalmente desenvolvida. Assim, deve ser estimulada pela luz, para evitar que se manifestem distorções como o estrabismo.
O primeiro período de desenvolvimento do olho é a fase compreendida entre os 6 a 8 meses, e só a partir desta idade o bebé começa a ter uma percepção dos objetos. A acuidade visual apenas se completa aos dois anos de idade.
É na escola que muitos dos maus hábitos se podem criar. A criança adopta posições deficientes devido, em parte, à forma como pega no lápis e muitas têm de inclinar a cabeça para poder ver o que escrevem.
Na idade pré-escolar, as crianças podem ser treinadas pelos pais através de exercícios muito fáceis. Coloque um objeto à sua frente para que ele a siga com os olhos, treinando os movimentos oculares. Procure que a criança tenha um ambiente de luz natural e que possua brinquedos de diferentes formas, tamanhos e cores.
A ambliopia (olho vago) manifesta-se em cerca de 3% das crianças, mas a maioria dos casos são curáveis. Quando não tratado, este problema causa a diminuição da eficácia visual, com uma menor compreensão da leitura e leva a que se calculem mal as distâncias, uma vez que a visão tridimensional é reduzida ou não existe.
A miopia costuma aparecer entre os 6 e os 16 anos, durante a idade escolar, altura em que é exigida à criança um grande esforço da visão próxima. O sintoma mais habitual é o semi-cerrar dos olhos para ver ao longe.
A cirurgia refractiva apenas pode ser efectuada a partir dos 18 ou dos 20 anos, após o olho completar o seu desenvolvimento.
É necessário estar atento aos sintomas apresentados pelas crianças para lhes proporcionar uma boa saúde visual.