Um dos problemas na evolução intelectual da criança que mais assusta os pais é a dislexia, uma disfunção cerebral que provoca atrasos na escrita e o não reconhecimento de certas letras ou algarismos.
Segundo alguns cientistas americanos, já pode ser diagnosticada a dislexia a bebés com apenas 36 horas de vida. Através da descoberta do mau funcionamento do cerebelo, a parte do cérebro que controla e coordena o equilíbrio e o movimento, e o auxilio dado aos disléxicos vai poder evitar as dificuldades de leitura de que sofrem e que causam sérios problemas na educação e no seu desenvolvimento social.
Durante vários anos, cientistas da Universidade de Southern Illinois, nos Estados Unidos, estudaram as reacções de 186 bebés recém-nascidos a sons e palavras, e mediram o tamanho e velocidade das reacções dos impulsos eléctricos do cérebro.
Depois, de dois em dois anos, os cientistas submeteram as crianças a um teste de coeficiente de inteligência e compreensão e aos oito anos identificaram os que eram normais e que tinham fracas reacções e os que eram disléxicos.
A equipa de cientistas identificou diferenças nos impulsos eléctricos do cérebro dos disléxicos e dos que podem ler sem problemas. O grupo de cientistas teorizou que as diferenças podem ter sido causadas por danos provocados aos fetos antes ou durante o parto.
No entanto, estes testes não dão resultados 100 por cento corretos, pois alguns bebés que à nascença tinham dado valores normais dos seus impulsos eléctricos cerebrais, foram mais tarde considerados como disléxicos. Por outro lado, cinco dos bebés considerados disléxicos à nascença demonstraram ser normais aos 8 anos.
Os bebés cujos testes foram positivos podiam usar aparelhos especiais que os auxiliariam a acentuar as diferenças entre os sons das palavras e dar uma solução à dislexia, que resulta de problemas de audição desde o seu nascimento.