O seu filho caiu há pouco tempo. Receosa, você julga que é algo preocupante, mas não se alarme antecipadamente. A fratura infantil não costuma ter uma gravidade de maior.
Tipos de fratura infantil
Quando alguém lhe disser que o seu filho tem uma fratura não pense logo que é o fim do mundo, é necessário saber primeiro se é nos membros ou na cabeça. Uma fratura revela sempre que houve uma ruptura, ou seja, que o osso está partido. A fratura pode ser aberta, em contato com o exterior, ou fechada, na qual a fratura não está visível.
Todavia, as fraturas variam substancialmente de designação, consoante a zona onde as mesmas se inscrevem.
- Quando a zona em causa é a que está entre os dois extremos do osso grande, então estamos perante uma fratura de diáfise.
- Se a zona que sofreu a fratura for a da placa de crescimento, que permite a distinção entre os ossos infantis e o dos adultos, então o caso pode ser um pouco mais problemático e alarmante. Epifisiólise é a sua designação.
Sintomas de uma fraturação
As fraturas provocam sempre dor, tumefacção e imobilidade, podendo esta ser parcial ou total. Mas, nem sempre que há um inchaço numa determinada zona ou dor isso significa que estamos perante uma fratura. Quando a criança se começar a queixar, convém lembrar-se se ela caiu ou se bateu com o corpo em algum local. Mesmo que a criança se queixe em demasia, o que ela pode ter é uma mera distensão ou contusão.
O que fazer em caso de fratura infantil
Ainda que o inchaço e a dor não sirvam para distinguir corretamente se estamos perante uma fractura, há um fator que permite de imediato retirar essa conclusão: a deformação na zona média do membro.
Se for um membro superior (braço)
A primeira coisa a fazer é imobilizar essa zona, de maneira a que não possa haver qualquer tipo de movimentação por parte da criança nessa área. Se a fratura for num braço da criança coloque-lhe um lenço ao pescoço e faça-a apoiar o braço nele, ou então opte por uma tala ligando muito bem a parte afetada. Na possibilidade de existência de uma ferida, tape a mesma com uma gaze.
A criança não deve ingerir mais nada desde o momento em que se constatou a fractura. Se for num membro superior você mesmo pode levá-la de automóvel, mas evitando uma condução brusca para não piorar ainda mais a situação.
Se for um membro inferior (perna)
Mas, caso seja num dos membros inferiores a solução é chamar uma ambulância, pois eles terão mais condições para levar o seu filho do que você. Mesmo assim, pode levá-lo na parte de trás do automóvel com a zona da perna fracturada bem esticada, embora a ambulância seja a opção mais viável. Tenha em consideração o trajeto a fazer.
Se levar mais do que uma hora, aconselhamo-la a parar no posto mais próximo de primeiros socorros que encontrar antes de chegar ao hospital ou ao centro de emergências. O médico realizará a devida análise clínica e, caso os fragmentos estejam separados ou desalinhados, será necessário aplicar uma anestesia e colocar gesso na zona fraturada. Se não houver qualquer desalinhamento recorre-se logo ao gesso, o que não significa que a criança não tenha que ficar internada se assim o médico entender.
Como ajudar a criança a recuperação de uma fratura infantil
Esta atitude é apenas por pura precaução relativamente à ferida e ao próprio gesso. Se a criança voltar para casa, logo após ter vindo do médico, deve vigiá-la nos dias seguintes, para ter a certeza que o gesso não está excessivamente apertado.
A criança deve ir fazendo uns exercícios com os dedos, mexendo-os frequentemente e esticando-os. O gesso deve permanecer na zona fraturada de três a seis semanas, embora isso varie consoante o tipo de fratura.
A criança deve ir levando a sua vida com alguma cautela. Não convém ir de imediato brincar para a rua, ou levar a vida agitada a que estava habituada. É necessário dar um tempo para que as coisas se recomponham, e nada melhor do que a natação para ajudar a estabilizar uma fratura infantil.