Era uma pequena sementinha que foi lançada à terra. Que estranho lugar aquele! Era frio, escuro, não se via nada nem ninguém.
Mas, passado algum tempo, a semente começou a sentir que a terra aquecia.
O sol, seu amigo, poisava sobre ela os seus raios. Era bom sentir o calor! Outras vezes, o sol dava lugar à nuvem que ao passar deixava cair gotas de água para a refrescar. A semente achava que ia ficar diferente. Começou a espreitar e, lentamente, foi saindo da terra.
Olhou para si e viu-se vestida de folhinhas verdes. Olhou à sua volta e viu flores de todas as cores e borboletas bailando sobre elas.
O chilrear dos pássaros anunciava que chegara a Primavera. A vida nova enchia a terra inteira. O sol adormecia mais tarde e dava brilho a todas as coisas. O céu era muito azul e os pássaros voavam livremente. As rãs saltavam nos riachos e os grilos cantavam o dia todo.
A transformação da sementinha ia sendo cada vez maior. Foi crescendo, crescendo, até que um dia se tornou numa grande árvore. A brisa passava e sacudia ternamente as suas folhas. Os pássaros encontravam ali o seu abrigo e os caminhantes refrescavam-se com a sua sombra e os seus frutos. As crianças brincavam e, quando estavam cansadas, encostavam-se ao seu tronco.
Se aquela sementinha não tivesse caído à terra, nunca chegaria a ser árvore!