Estados Unidos, Malta e Portugal são os três países de um conjunto de 41 analisados por um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) onde as crianças com onze anos revelam maior excesso de peso.
Estes dados inserem-se num relatório sobre as desigualdades na saúde dos jovens, que inquriu mais de 200 mil crianças e jovens com 11, 13 e 15 anos.
De acordo com o documento, 25% das raparigas e 33% dos rapazes norte-americanos com 11 anos têm excesso de peso ou são obesos, valores que colocam os Estados Unidos no topo da tabela, seguidos de Malta.
Os Estados Unidos ocupam também o topo da tabela nos jovens com 13 anos e o segundo lugar nos jovens com 15 anos. Portugal surge em terceiro lugar quando a análise incide nas crianças com 11 anos. O estudo revela que 22% das raparigas e 25% dos rapazes têm excesso de peso.
Já no grupo etário dos 13 anos Portugal desce para a 10ª posição com 13% de raparigas e 18% dos rapazes a revelarem excesso de peso.
No entanto, quando a análise incide nos jovens com 15 anos Portugal volta a subir para o sexto lugar: 13% das raparigas e 22% dos rapazes revelam peso a mais.
Os adolescentes inquiridos indicaram a sua altura e peso (sem sapatos), tendo depois sido calculado o índice de massa corporal.
Segundo o relatório, os rapazes de onze anos têm mais tendência a ter excesso de peso do que as raparigas em metade dos países analisados e na maioria dos países nas idades dos 13 e 15 anos. A crescente obesidade infantil levou já a Europa a lançar estratégias de combate.
Segundo dados de Bruxelas, há 22 milhões de crianças com excesso de peso ou obesidade na União Europeia, sendo que a progressão é estimada em mais 400mil de ano para ano.
Estas crianças têm maior risco de vir a sofrer de doenças como a diabetes, problemas de fígado e cardíacos, hipertensão e acidentes vasculares cerebrais.
Contudo, apesar deste dado negativo, as crianças portuguesas são as que dizem consumir mais fruta por dia, um dos alimentos considerados importantes para uma alimentação saudável.
Uma dieta sem fruta ou com baixo consumo de fruta e vegetais e elevado consumo de gorduras também aumenta o risco dos adolescentes virem a sofrer de diversas doenças.
Já no que se refere ao pequeno-almoço, Portugal Também ocupa o primeiro lugar, com 80% das raparigas e 86% dos rapazes de 13 anos a afirmar que nunca falham esta refeição.
O objectivo do relatório é revelar onde estão as desigualdades para informar e melhorar a saúde para todos os jovens