A rinite (Inflamação da mucosa que reveste o interior da fossas nasal) é uma patologia muito frequente, e mais frequente ainda nos meios urbanos.
A poluição atmosférica, com gases agressivos, como o dióxido de enxofre e o monóxido de carbono e outros, contribui decisivamente para a instalação e manutenção desta patologia.
O fumo do tabaco tem também aqui um papel importante. Neste caso o fumo do tabaco não atua como cancerígeno, a sua principal ação é o traumatismo direto sobre a mucosa, provocando assim uma resposta desta, que se traduz por um aumento da secreção mucosa.
Rinite alérgica
Existe um fungo, o Aspergilus fumigatus, que contamina com frequência os aparelhos de ar condicionado. A alergia a este fungo é também muito comum e desencadeia com frequência a rinite alérgica.
A alergia ao pó e aos ácaros são também outras causas de rinite.
Causas do aumento da secreção mucosa
O aumento da secreção mucosa traduz-se, numa primeira fase por uma sensação de muco a correr pela parte de trás do nariz (Rinorreia posterior). Este muco, escorrendo pela parte posterior das fossas nasais vai estimular zonas que desencadeiam o vómito, nomeadamente a úvula (“campaínha”), desencadeando náuseas e vómitos. A manutenção desta situação leva ao aparecimento de obstrução nasal.
O nariz pode ser encarado como o primeiro grande filtro que o organismo Humano possui para se defender das agressões do meio ambiente. O nariz tem como funções principais, as de aquecer, humedecer e filtrar o ar respirado. Se as funções do nariz não estiverem em boas condições, existirão condições para a instalação de patologia.
A mulher na sociedade atual tem um papel social e profissional preponderante e uma actividade profissional e pessoal que implica uma exposição aos agentes agressivos do meio absolutamente igual à do homem. Assim, mulheres e homens estão igualmente sujeitos a sofrerem de rinite.
O tratamento da rinite é possível e eficaz na maior parte dos casos. No entanto em situação de gravidez, existem limitações das possibilidades de tratamento. No entanto são possíveis ainda algumas terapêuticas.
Um tratamento efetuado antes de engravidar, reduz as hipóteses da instalação de crises agudas durante a gravidez.
Dr. Carlos Zagalo (Especialista Otorrinolaringologista