O nascimento da minha filha foi o melhor que me podia ter acontecido. Mas como nem tudo são rosas comecei a ter problemas no emprego, a ser mesmo mal tratada.
Trabalhei até ao fim da gravidez. No inicio da licença de parto tudo correu bem mas depois começaram os problemas… a coordenadora como julgava que eu era propriedade dela “obrigou-me” a ir à escola para uma reunião com a psicóloga e a colega substituta por causa de um aluno com problemas, a colega substituta não tinha sido avisada por a entidade competente que o aluno tinha alguns problemas do foro psicológico.
Como é óbvio, os pais revoltaram-se por o seu filho não ter tido um ensino individualizado como tinha comigo. É importante salientar que só arranjaram substituta no dia 30 de Dezembro e as aulas iriam começar no dia 5 de Janeiro, dia em que nasceu a minha filha, contudo nunca nos conhecemos nem tive a oportunidade de trabalhar com a colega.
Depois dessa reunião onde nada ficou decidido exigiram que eu fosse à escola para fazer as avaliações dos alunos no 2º período, claro que disse que NÃO, pois não tinha trabalhado com as crianças não sabia os progressos ou regressões que tinham feito e NÃO ia abdicar da minha filha para ir para a escola, pois ela precisava muito mais de mim.
No 3º período voltei, quinze dias antes da licença terminar, aí começou o verdadeiro inferno, comigo e com as próprias crianças, mesmo elas foram vitimas dessa senhora (coordenadora), chegando mesmo ao ponto de fazer provas de aferição colocando os alunos noutra sala com outra professora e sendo ela a elaborar e a corrigir as provas sem eu as poder ver, parecia que estavamos nos exames nacionais do 12º ano.
O tiro saiu pela colatra a essa senhora pois os alunos tiraram uma média muito boa nas provas, tendo simplesmente uma negativa a matemática. Farta de tudo isto decidi ficar em casa com a minha filha este ano e para o ano vou concorrer para dar aulas no ensino público.